Oradores Convidados

 

 

 

 

 

 

 



Samuel Torres Carvalho

Nasce em Lisboa em 1960. Arquiteto pela Universidade Tecnica Superior de Arquitectura da Universidade Politécnica de Madrid (ETSAM) com a distinção de quadro de honra em 1989. Professor de Projecto no CEU Arquitetura em Madrid entre 1990 e 1995. Professor Associado na cadeira de Projecto na ETSAM e PFC de 1986 a 2016. Professor no Master de Habitação Colectiva da ETSAM entre 2008 e 2012. Ao longo da sua carreira profissional e académica participa em diversos seminários de Arquitetura, cursos de verão e conferências. Em 2005 é distinguido com Prémio do Colégio Oficial de Arquitetos de Madrid (COAM) pela sua obra e em 2014, com o Prémio Valmor (Menção Honrosa). Participa em diversos concursos nacionais e internacionais de Arquitectura tendo obtido entre outros os seguintes prémios: 1º prémio para o edifício sede do COAM - Colégio oficial de Arquitectos de Madrid - Espanha (1991) ; 1º prémio concurso Polidesportivo em Móstoles - Espanha (2007) ; prémio Europan IV Espanha (1999) ; prémio Europan V chelas-Portugal (2000) ; prémio Europan VI almada- Portugal (2002); 1ª prémio concurso internacional para a cobertura do Estádio José Alvalade. Lisboa (1993); 1º prémio concurso para a Biblioteca da Universidade de Alicante - Espanha (1995); 1º prémio concurso para a sede do Madan Parque em Almada - Portugal (2006) - 1º prémio concurso Câmara Municipal de Loures - Portugal (2009) - 1º prémio concurso para a reabilitação de edifício residencial na Rua Ivens em Lisboa (2014); 1º prémio concurso para a reabilitação de edifício para uso hoteleiro na Praça de São Paulo em Lisboa (2016). Mais recentemente, o seu atelier está a desenvolver, na sua grande maioria, projectos de reabilitação.

 
 

O CADAVER REQUINTADO
Ivens arte um “case study”

Era uma vez uma cidade abandonada por muitos dos seus habitantes. Alguns tinham permanecido, pela impossibilidade de fugir, outros ficaram, quem sabe, por um forte sentimento de pertença ao lugar. Como se, aqueles muros, paredes, aquelas portas e janelas incrustadas na sua memória fossem extensões do seu próprio corpo e fizessem parte da sua Alma. A maior parte dos edifícios da cidade estavam em avançado estado de ruína, muito degradados, total ou parcialmente devolutos. Aquela cidade outrora cheia de vida, onde cada edificio tinha sido construído para responder a uma necessidade concreta, estava agora muda, e vazia. Muitos dos seus edifícios permaneciam agonizantes, alguns deles eram verdadeiros “cadáveres” que, ainda se sustentavam em pé graças, certamente, à clemência da “Sra. Gravidade”. Um dia, não se sabe ao certo quando nem porquê, por razões que alguém ainda explicará, os netos daqueles que a haviam abandonado e outros viajantes vindos de Países longínquos, voltaram a olhar para a cidade e para os seus edifícios e, voltaram a desejá-la e a imaginar ali o seu futuro. Eu vou contar-vos a história de um dos edifícios desta cidade e de como foi ele “ressuscitado”. Um “cadáver”, neste caso, muito requintado.

 



 

 

© 2020 DECivil - Universidade de Aveiro - Todos os direitos reservados